terça-feira, 16 de abril de 2013

Outro despertar, dia que vem...
Pé direito no chão
A vida em cada passo
Mudando os rumos, trocando sapatos,
Refazendo hábitos.
Sem saber, por viver, pra fazer e construir estórias,
Depreciar entremeios?
Sem chances! Desvira na íntegra o avesso!

domingo, 4 de dezembro de 2011

O atípico que envergonha

A comum expectativa: é chegado um final de semana em que se espera algo produtivo para fazer, ou alguma esquina para tomar uns bons drinks.
O programa da noite foi um show, um excelente show.
Apesar do brilho do espetáculo, o que mais me chamou a atenção foi a maneira que os aparentes flanelinhas abordavam os motoristas ao estacionar seus carros:
- Boa noite. O nosso esquema aqui é o adianto de “5 conto” agora e “5 conto” no fim do show - “10 real” pra olhar teu carro.
- Boa noite. Não entendi. O estacionamento aqui é público, certo? – respondi.
- Isso mesmo. Mas aqui “nóis” cobra é assim.
O ar de impotência, que já senti em algumas situações, veio à tona. Fiquei a me perguntar o porquê de estar sendo cobrada (tão caro) por um serviço que devia estar sendo prestado pelo Estado, mais especificamente, pelo governo do Distrito Federal.
- Amigo, eu não vou combinar esse valor contigo. No final do show, se você estiver aqui, te dou um agrado, como comumente é feito com as pessoas que costumam olhar o carro.
- Isso aí é tu que sabe, patroa. Mas fica sabendo, teu carro tá marcado!
A impotência não estava só no ar, me senti obrigada a tirar o carro da vaga que estava disponível, para não ter surpresas desagradáveis ao final do show. Não era somente o valor que me intrigava, a maneira como o “acordo” foi imposto me chamou atenção.
É revoltante. Me surpreendeu. Nunca tinha me ocorrido algo parecido. No máximo um torcer de nariz ao receber uma moeda de 25 centavos, mas ouvindo  um leve “Deus te acompanhe” ao sair da vaga.
O caso de hoje me assustou. A alternativa foi me acovardar e procurar outro lugar para estacionar o carro. Absurdo! Não contratei nenhum serviço, não pedi a ninguém que vigiasse meu carro, o estacionamento era, de fato, público.
 Anormalidade, atipicidade, abuso, revolta... Tudo à primeira vista! Infelizmente, isso não assusta a todos. Muitos já se acostumaram. Preferem pagar, intimidar-se, a ter um bem deteriorado.
 Inteligência? Talvez.
Fico então na minha burrice, mas com a consciência tranqüila de não ter contribuído com aquele que explora para vencer.
Posso ouvir de alguns, que a vida deles é de luta, batalha e estão dia após dia atrás do pão para comer.
Pois a minha vida e a de milhares de brasilienses é exatamente igual, mas não ouso tirar vantagem daquilo que não tenho direito.
Pra mim, esse foi o correto. Apenas não contribuir com o errado.


Lorena de Souza Rocha

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Do jeito que foi...

                  É fazendo o errado, mirando no certo. Sem rumo direito, tudo do avesso. Essa fase foi assim, um misto de quietude e loucura... Mais o último que o outro. Confesso!
                 Começa-se com bravura, bons pensamentos, foco, objetivo e canhões apontados pra um futuro próximo de uma batalha vencida. A idéia era boa, almejava-se o sucesso... Só que dessa vez, vale a pena questionar e ir contra aos paradigmas, clichês e costumes de todo gênero. Se o que vale é a intenção, e se dessas boas o inferno está cheio, o que fazer com o fracasso?
                 Eis a pergunta de inúmeras respostas.  Uns utilizam o amargo do arrependimento, misturam o ardor da irresponsabilidade e tentam aproveitar o sabor leve da liberdade para buscar a felicidade. Com êxito ou sem ele, tentou-se. Ao menos uma providência. Fato!
                 Fracasso? Quero distância, meu corpo é fechado e não vem que não tem. Batalha, nega! Faz tua parte. Do jeito que tu sabe, do jeito que eu sei!
                Tu finge essa calma, transparece na alma. Demonstra descaso, tudo papo furado.  Daqui pra frente: sanidade ou loucura?
                 São dois lados, uma moeda...
                 Uma vida, várias escolhas!

Lorena de Souza Rocha

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O luau e a lua

E foi assim que começou: um copo ali, um baralho aculá, o forró na vitrola, e a gente a bailar. Armou-se a fogueira, juntou a galera, “bye bye” timidez... me peguei a cantar!
Pessoal diferente, bonito à bessa, um frio que corta, mas a brasa esquentou. Eram timbres diversos, versinhos sem nota, mas o trem tava massa e até que animou!
Um pouco num nada se fez diversão, o violão tá tocando, faltou o modão... Sem ordem, sem rumo, eu vou escrevendo, pra fazer poesia, não tem mandamento.
A lua no céu sorria pra mim, me dizia contente: é por isso que eu vim! 
E foi bom ter tido a lua tão de perto em uma noite como aquela. Ela me apresentou anjos. Uns eu já conhecia, mas fingi que não. Não seria eu a autora de tamanha desilusão! Eram amigos, já eram de casa! 
 
A noite foi curta. 

Lorena de Souza Rocha

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O importante é superar

Só peço a Deus tranquilidade, sabedoria, paciência e perseverança.
Incrível como a vida vira de ponta cabeça em questão de horas. Adormeço contente e confiante em um dia seguinte agradável e prazeroso, e acordo com o choro da pessoa que mais amo no mundo. As lágrimas são insistentes e angustiantes. O pranto vem só de pensar que, a luta e batalha empenhadas para ter e manter o que sempre sonhamos, foram em vão.
É revoltante, faz sofrer o coração já apertado. A falta de certeza incomoda, a sensação de impotência parece tirar toda a esperança que jamais foi pensado necessitar.
Mas a vida é assim. São altos e baixos, às vezes baixos até demais. E às vezes tão baixos que nos parece sumir o chão que pisávamos sem saber que estava por lá.
É uma nova fase que se inicia, e uma etapa de dificuldades e fé (agora mais do que nunca) marcam uma nova e diferente trajetória. O começo é ruim e assustador, apavora de verdade, mas é só o começo... Quero ver o meio e o fim, com toda superação e felicidade que sei que merecemos! AMÉM!

Lorena de Souza Rocha

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nem sempre o muro é obstáculo...


A vontade de sair em busca de algo novo, pessoas novas, atitudes novas e ambientes novos é grande. A minha covardia já deve ter me feito dizer isso algumas vezes, mas me falta coragem!
Até pra desistir é preciso ser corajoso, e eu nem isso faço. Apenas me calo, subo no muro, simplesmente acredito ser melhor, porque assim, sentada e imóvel, tenho a visão dos dois lados, vejo por cima e sem muito contato... ERRADO! É preciso escolher, tomar a decisão, me falta participação, me falta atitude, me falta buscar, me falta viver!
Pode até ser que eu tenha nascido pra isso, para observar, admirar, criar opiniões sobre as coisas mais intrigantes que me tiram a coragem de um primeiro contato. Mas é conflitante. A mulher que se diverte em descansar sobre o muro se estranha com aquela que deseja ousar e ir em busca do novo e do diferente.
Qual delas eu devo seguir? Essa é a pergunta que me acorda todos os dias pela manhã, às vezes nas madrugadas, o que importa é que incomoda. Ser acordada pela voz do destino não é algo que desejo para o Papa, por exemplo... É triste!
E por medo de enfrentar a tristeza, continuo sobre o muro, sobre o meu muro, e vejo a vida passar!

Lorena de Souza Rocha

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E eu vou me acostumar

           Hoje, pela primeira vez eu tive vontade de pedir sossego, paz e abandono. Senti um desejo tão forte de te encontrar e ordenar que me esquecesse, que me deixasse viver a minha vida.
          Seriam as últimas palavras trocadas, o último abraço, ainda que frio. Seria o começo de uma trajetória sem você, eu continuaria a seguir o meu caminho, escrevendo a minha história, onde você não passaria de um coadjuvante saindo de cena. 
          Sem você por perto, a mania que eu tinha de te dedicar toda a atenção desapareceria com o tempo, e a gota que você fazia parecer chuva passaria a ser um nada... nada diante de nada!